quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Jornada Nacional de Literatura

Agora temos que esperar a Jornada Nacional de Literatura que de 26 a 30 de outubro, no Circo da Cultura - Campus I UPF, o horário é das 14h às 17h e das 19h30 às 22h. Esse ano a Jornada vai debater a relação da Arte e Tecnologia. O escritor Pedro Bandeira de Luna Filho será o homenageado da 13ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo. Natural de Santos, no litoral paulista, Pedro Bandeira é formado em Ciências Sociais, com trabalhos também para o Teatro. Atualmente, se dedica exclusivamente à literatura infanto-juvenil, segmento em que conquistou vários prêmios, como o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Com mais de 70 títulos publicados, é um dos escritores que mais vendem no Brasil – com 20 milhões de exemplares vendidos.
Telmah lutou até o fim para poder vingar a morte de sua mãe, sofrendo com o medo de perder Tiago, o grande amor de sua vida. Gostei muito da atitude de Telmah, ela agiu como qualquer outra filha agiria. Prometeu vingança e foi até o fim. Uma menina determinada e corajosa. Capaz de tudo para demonstrar o amor pela mãe. E achei muito bonito o apoio que ela recebeu de Tiago.

Certo ou errado?

Pai de Telmah agiu errado e mereceu sofrer? Particularmente acho que ele agiu errado, e o sofrimento foi consequência de suas atitudes. Ele acabou tomando algumas atitudes sem pensar. Como muitos homens fariam no lugar dele. Se ele tivesse dado tempo ao tempo, talvez não tivesse passado por tudo o que passou. Dá a entender que ele não sentiu muito a morte da mãe de sua filha, assim, casando-se logo com outra. Então, sim, seu sofrimento foi merecido e suas atitudes não foram as melhores.
Telmah condenava seu pai por se deixar dominar por Alice e concordar em casar-se com ela tão pouco depois da morte da esposa. Acredito que a atitude de Cláudio não foi das melhores, pois um filho demora a entender a morte de uma pessoa tão próxima, como uma mãe. Nada contra em o pai de Telmah ter se casado de novo, mas teria que ter dado um tempo para a filha e ter conversado com ela. Talvez Telmah tenha sentido ciúme do pai, e ficou sentida por ele pôr outra pessoa no lugar da mãe da menina em tão pouco tempo. Mas Cláudio não via nada de errado na situação, pois não sabia a verdadeira causa da morte de sua ex-mulher. Só achei injusto da parte dele com a própria filha, o fato de ter casado com Alice pelo fato de que se dizia amiga da mãe da menina.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pedro Bandeira - "Agora estou sozinha..."


Esse ano a Jornada de Literatura, que acontece em Passo Fundo a cada dois anos homenageia o escritor Pedro Bandeira (à direita), que nasceu em Santos (São Paulo), em 9 de março de 1942, onde dedicou-se ao teatro amador, até mudar para São Paulo a fim de estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Já publicou mais de 50 obras, e entre elas está "Agora estou sozinha...".
Bandeira utiliza-se do recurso da intertextualidade em sua obra, estabelecendo diálogo com a obra Hamlet de William Shakespeare. Segue então, uma explicação de Pedro que diz-se respeito a essa intertextualidade: "Todo jovem ator (e eu fui um deles) sonha em, um dia, fazer o papel de Cyrano de Bergerac e o de Hamlet. Assim eu não poderia deixar de fazer uma recriação juvenil de Hamlet como eu fiz a de Cyrano. Hamlet, lido ao contrário, dá Telmah. Foi assim que nasceu mais esta minha heroína. O título do livro, inclusive, é o começo do segundo mais famoso monólogo de Hamlet: now I'm alone. [...]
Ao inverter o sexo da personagem, deparei-me com algumas dificuldades, e a principal delas foi a personagem Ofélia. A namorada de Hamlet é uma personagem frágil, ingênua, que se deixa morrer no rio enlouquecida pelos acontecimentos. Na transposição, ficaria difícil criar um namorado para Telmah que fosse frágil, ingênuo e suicida. O remédio foi criar Tiago, um namorado com algumas das características de Horácio, amigo de Hamlet, e criar Filhinha, a velha cadelinha de Telmah, que morre de fome quando é afastada de sua dona. Quase tudo de Ofélia está em Filhinha.
Shakespeare aproveita, na cena em que o personagem fala com os atores, para registrar seu modo particular de ver a arte de representar. Na transposição, fiz com que Telmah fisesse o meu modo de ver a arte de ler."